Quitar financiamento

Quitar financiamento antecipado vale a pena?

Publicado em 3 de novembro de 2022 na categoria Cálculos Financeiros por Willian dos Reis

Não é difícil encontrar artigos e vídeos na internet com informações para quitar financiamento antecipado.

Em alguns casos, há informativos que garantem ser possível quitar o financiamento de um imóvel, por exemplo, financiado em 30 anos, em apenas 3 anos.

De fato, existem algumas possibilidades que ajudam muito na hora de planejar a quitação de uma dívida de longo prazo, seja um imóvel ou o financiamento de um veículo, contudo, algumas delas estão bem longe da realidade do brasileiro, que sofre com a inflação e as altas taxas de juros praticadas pelo mercado nacional.

O Brasil é um país que possui uma das mais elevadas taxas de juros do mundo, o que dificulta muito o pagamento em dia das parcelas.

A saber, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o endividamento atingiu quase 78% das pessoas, tornando-se a maior proporção já registrada em 12 anos de levantamento.

Desse percentual, quase 30% das famílias endividadas alegam não ter condições de efetuar o pagamento em dia dessas dívidas.

Outro fato que chama atenção, conforme informado pelo Banco Central do Brasil (o Bacen), esta na taxa média de juros nas linhas de crédito a pessoas físicas, que aumentaram de 39,4% a.a. em janeiro de 2021, para 46,3% a.a. em janeiro deste ano.

Com esses dados alarmantes, quitar financiamento antecipado parece estar longe da realidade de muita gente em nosso país.

Contudo, existem algumas dicas para quem tem um bom planejamento financeiro e pretende se livrar do financiamento o quanto antes, a fim de dar um basta na cobrança absurda de juros, conforme segue neste artigo.

Fazer financiamento de longo prazo vale a pena?

quitação antecipada de financiamento bancário

Para a maioria das pessoas, adquirir um bem de maior valor como um carro ou uma casa, por exemplo, somente é possível de ser realizado por meio de um empréstimo bancário ou financiamento.

Na verdade, o problema maior não é o financiamento de longo prazo em si, mas sim o pagamento dessa dívida no longo prazo, utilizando-se todo o período para quitar a dívida.

Vamos explicar.

Para que as parcelas possam caber no bolso, existem disponíveis no mercado opções de financiamentos de imóveis em 30 anos ou mais, ou mesmo veículos em 36, 48 ou até mesmo 60 vezes.

Ao efetuar o pagamento desse bem financiado utilizando-se todo o prazo disponível, ao final do período, o valor pago no empréstimo ou financiamento ao credor muitas vezes pode ser maior que o dobro ou até mesmo o triplo do valor do bem adquirido.

Isso acontece porque, conforme dito, as taxas de juros praticadas em nosso país são extremamente altas, o que faz com que, na maioria das vezes, esse empréstimo ou financiamento não se torne compensador.

Então, quitar financiamento antecipado pode ser uma excelente opção para que exista uma diminuição desses juros, reduzindo o valor a ser pago pela dívida e encurtando significativamente o prazo de quitação.

A chave para que isso seja possível de ser realizado esta na amortização do débito.

A amortização funciona da seguinte maneira:

No caso de um imóvel financiado em 30 anos, por exemplo, utilizando-se o sistema SAC de amortização (que é o mais comum para esse tipo de financiamento), as primeiras prestações terão os valores destinados praticamente para o pagamento de juros e taxas, tornando o valor amortizado quase que irrisório em relação ao montante da dívida.

Isso ocorre porque no sistema SAC, o valor da parcela é decrescente, sendo os juros calculados sobre o valor restante da amortização.

Então, ao efetuar o pagamento das prestações mais antigas juntamente com as parcelas atuais, é possível realizar a quitação da dívida pagando bem menos juros e em um prazo bem menor, já que as ultimas prestações contemplam a amortização da dívida de forma mais efetiva, com menos cobrança de juros.

Mas a tarefa não é simples.

Quitar um financiamento de 30 anos em apenas 3, por exemplo, exigiria um tremendo esforço para levantar os valores de pagamento das ultimas parcelas junto com as parcelas atuais, o que nem sempre é uma realidade para a maioria das pessoas.

Para saber mais sobre o sistema SAC de amortização de dívida, acesse a nossa calculadora SAC online.

Quitar financiamento antecipado vale a pena então ?

quitação de empréstimos e financiamentosResponder a essa pergunta exige um pouco mais de análise, principalmente em relação a tabela de amortização utilizada no contrato de financiamento ou empréstimo.

A título de exemplo, o financiamento de veículos comumente é realizado com uso do sistema PRICE de amortização.

Ao contrário do sistema SAC que é mais utilizado em financiamento de imóveis, no sistema PRICE o valor das parcelas são idênticas por todo o período do empréstimo.

Dessa forma, ela será composta uma parte por juros e taxas, e outra parte pela amortização.

Assim, é prudente fazer as contas mediante o cálculo de juros cobrados, pois ao efetuar a quitação antecipada de uma dívida, o financiado deverá ter um bom capital disponível a fim de antecipar as parcelas, ou então, conseguir juntar dinheiro suficiente para obter a amortização do débito.

Para as pessoas que possuem algum dinheiro guardado, deve haver uma comparação dos juros cobrados na dívida com os juros disponíveis no mercado em investimentos, a fim de que se possa entender se é mais compensador fazer a quitação do débito, ou investir o valor e lucrar com os juros pagos na transação.

Isso mesmo, ao investir o seu dinheiro na renda fixa, por exemplo, o valor obtido com o retorno de juros pagos no investimento, em alguns casos,  pode ser maior do que os juros cobrados na dívida.

Cada caso é uma situação, e apesar de as taxas de juros serem absurdas em empréstimos e financiamento em nosso país, e apesar de em quase a totalidade dos casos ser mais compensador quitar o débito (ou ao menos amortiza-lo com a antecipação do pagamento das parcelas), é necessário colocar na ponta do lápis todas as situações.

Isso porque nunca sabemos quando vamos precisar do dinheiro, e ao fazer a quitação de um débito, provavelmente o devedor ficará descapitalizado para situações de emergência que possam surgir, como o desemprego ou alguma doença em família.

Como quitar financiamento sem perder dinheiro com o pagamento de juros para o credor?

Decerto você já deve ter ouvido a frase: “Menos é Mais”.

Na educação financeira, essa frase representa o segredo para o sucesso em relação ao endividamento e organização, sem passar sufoco e nem ficar refém do pagamento de juros para os credores.

O segredo é viver abaixo das suas possibilidades. Simples assim.

A maioria das pessoas, quando conseguem aumentar os seus rendimentos, seja com aumento salarial ou uma fonte extra de renda, condicionam a sua cabeça para gastar todo o dinheiro que ganham, e sem perceber, acabam desperdiçando uma grande oportunidade de ter uma vida financeira equilibrada e sem sustos.

Viver abaixo das suas possibilidades inclui comprar um veículo ou um imóvel, mesmo que financiado, abaixo do padrão ao qual você poderia ter.

Ao fazer isso, será muito mais simples para a pessoa ter uma folga no orçamento para conseguir guardar dinheiro, seja para antecipar o pagamento das parcelas, seja para ter uma reserva maior de dinheiro para emergências ou investimentos.

Gastar ou comprometer toda a renda com um padrão de vida equivalente a renda é um mal enorme para a vida financeira, pois fará com que não sobre dinheiro para amortização da dívida, levando ao pagamento integral de juros ao credor, e fazendo com que, ao final das contas, seja pago o valor equivalente a duas ou até três vezes o valor do bem financiado.

Quem tem empréstimos e financiamentos, mas não pode quitar as parcelas antecipadas, há solução?

A cobrança de juros abusivos assola milhares de famílias brasileiras que sofrem para conseguir pagar todas as contas em dias.

Bancos e financeiras registram índices absurdos de lucro, batendo recordes ano após ano, sendo esse lucro proveniente da cobrança abusiva de juros em seus contratos.

E quem paga essa conta ? O consumidor.

Com esse cenário, no ano de 2013 nasceu a empresa Reis Revisional, com o propósito de equilibrar essa balança, promovendo a eliminação da cobrança de juros abusivos em dívidas bancárias.

Empréstimos pessoais, financiamentos, cartões de crédito e cobranças de juros em cheque especial são campeões de cobranças irregulares, tornando em alguns casos essas dívidas quase que impagáveis, ou ainda, deixando a sua quitação extremamente dificultosa para as pessoas que sofrem com os altos índices de inflação e perda do poder de compra dia após dia.

Assim, a Reis Revisional, com profissionais altamente qualificados e enorme estrutura física e tecnológica, é capaz de promover a eliminação da cobrança de juros em contratos bancários por meio da revisão extrajudicial da dívida.

Após análise criteriosa do contrato que originou o débito, a revisão é feita juntamente com a elaboração de um laudo técnico comprobatório dos abusivos, sendo a negociação eficaz e a eliminação dos juros gradativa, podendo em alguns casos atingir o percentual de mais de 90% de redução em relação ao débito original.

Milhares de famílias em todo o Brasil já quitaram as suas dívidas sem a cobrança de juros abusivos, graças ao trabalho da empresa Reis Revisional.

Se você tem um empréstimo, financiamento, dívida com cartão de crédito ou cheque especial, fale agora mesmo com um consultor especializado e faça o Cálculo Prévio Gratuito.

Dê um basta nos juros abusivos, economize e realize com a Reis Revisional.

 

1. O que é amortização de dívida?

Amortização de dívida é a devolução por parte do devedor do montante tomado por empréstimo a um credor, e se dá por meio de pagamentos periódicos, podendo ser em parcelas variáveis ou fixas.

2. Como funciona o sistema de amortização SAC?

Em suma, pelo sistema SAC de amortização, o valor da parcela será decrescente vez que os juros cobrados decresce com o passar do tempo.

3. O que é sistema PRICE de amortização?

O sistema Price de amortização é um método matemático que permite apurar prestações de igual valor mesmo em séries que registram vencimentos em diferentes periodicidades.

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