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Pela nona vez Copom reduz a taxa básica de juros, entenda o real significado dessas reduções e porque os juros abusivos só aumentam
Você está preocupado com a quantidade de juros abusivos que paga em suas dívidas com o banco? Pois bem, a notícia do momento são as reduções sucessivas da taxa básica de juros (Selic), e o que isso pode mudar para você no cálculo dos juros bancários.
Para quem não sabe a Selic – (Taxa básica de juros) é utilizada para influenciar a atividade econômica e até mesmo a inflação do nosso país, no qual é medida pelo COPOM (Comitê de Política Monetária) onde desde 2006 se reúne cerca de oito vezes ao ano, a cada seis semanas, durante dois dias.
Com dois dias de reunião no último dia 25 de Outubro (semana passada) o COPOM decidiu por reduzir a Selic – taxa básica de juros pela nona vez este ano, agora em 0,75 pontos percentuais, que foi de 8,25 % ao ano, para 7,50% e a expectativa é que termine 2017 na casa dos 7%.
A taxa é um dos métodos utilizados para controlar a inflação de nosso país, e isso pode mudar um pouco no seu bolso também, lembrando que a Selic entre outros fatores são utilizados como base na cobrança de juros bancários de cada modalidade financeira como financiamentos de veículos, rotativo do cartão de crédito, empréstimos, cheque especial entre outros.
Então se a Selic reduziu, os juros bancários também reduziram, certo?
Infelizmente não, apesar das reduções na Selic e esta servir de referência para as demais taxas de juros da economia tanto no crédito quanto nos investimentos, as instituições financeiras em nosso país continuam aplicando as maiores taxas de juros do mundo.
A título de exemplo os juros do cartão de crédito no mês de Agosto/2017 chegaram a 397,4% ao ano, ou seja, suponhamos que uma pessoa deixe de pagar a fatura do seu cartão de R$ 1.000,00 em um mês, verá a sua dívida chegar a incríveis R$ 5.000,00 em um ano.
Em uma pesquisa realizada no ano de 2016, o Brasil se destacou com a maior taxa de juros da América do sul, a pesquisa comparou países como (Venezuela, Peru, Chile, Argentina e Colômbia), onde o Peru, segundo colocado do ranking, apareceu com a taxa de juros anual em apenas 43,7% a.a, ou seja, o Brasil cobra cerca de 353,7% a mais de juros do que os outros países da América do Sul, inclusive mais que a própria Venezuela que passa por fortes crises políticas e econômicas.
Além dos juros do cartão de crédito, a taxa média de juros de financiamento de veículos também ultrapassa e muito a taxa Selic (apesar dessa ser a menor em 2 anos).
Segundo a Anefec associação das financeiras, em Julho/2017 a taxa média do CDC (Crédito direto ao consumidor) foi de 29,08% ao ano, como esse tipo de modalidade acompanha longos prazos de pagamento, o consumidor acaba pagando elevados juros abusivos em seu financiamento sem perceber e por fim acaba comprando um veículo e pagando por dois.
Motivos que levam os juros abusivos no Brasil
Infelizmente não existe uma lei em nosso país no qual defina um limite de juros mensais a ser cobrado nos contratos bancários, sendo assim a SELIC é considerada como apenas um dos diversos fatores para o cálculo apresentado pelas instituições bancárias.
Dentre os fatores para tentar justificar a elevada cobrança dos juros bancários em nosso país, especialistas da Reis Revisional afirmam que os 4 principais motivos são:
- Inadimplência: Pessoas no qual não conseguem honrar com os seus compromissos financeiros, e por conta disso o risco da instituição bancária levar “calote” é grande.
- Pouca Concorrência: Possuímos poucos bancos em nosso sistema financeiro, 5 dos principais correspondem a mais de 85% do mercado nacional (Banco do Brasil, Itau, Santander, Bradesco e Caixa.) sem concorrência os bancos abusam dos juros bancários, pois sabem que o consumidor não terá alternativas.
- Disponibilidade de recursos: Com a crise instalada no Brasil, as pessoas deixam de guardar dinheiro em conta poupança ou em investimentos, com isso contribui para que os bancos elevem as taxas de juros visto que os recursos são limitados.
- Impostos e custos administrativos: Como sabemos, os juros em nosso país são os maiores do mundo, contudo os impostos cobrados pelo governo também são um dos maiores, contribuindo para as instituições elevarem a taxa média anual de juros.
Apesar dos possíveis motivos elencados acima, as instituições bancárias em nosso país continuam lucrando cada vez mais, a título de exemplo a instituição Itaú Unibanco reportou lucro líquido recorrente de R$ 6,25 bilhões no terceiro trimestre desse ano (Julho / Agosto / Setembro) cerca de 11,7% acima dos valores de 2016.
O que fazer para se livrar da cobrança abusiva de juros?
Uma dica dos especialistas da Reis Revisional é que apenas se utilize do crédito rotativo e do cheque especial em último caso, a onde não se tenha mais saída e que seja por um curto espaço de tempo, pois os custos dessas modalidades são abusivos.
O consumidor que estiver em atraso com a financeira ou desconfia que o cálculo do seu financiamento esteja com juros abusivos, deve procurar ajuda de um profissional especializado que irá identificar todas as irregularidades do contrato, propondo dessa forma a melhor solução para o caso.
A empresa Reis Revisional atua em todo território nacional, amplamente apoiada pelo CDC (Código de defesa do consumidor), aliada à legislação e normas do Banco Central e PROCON (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor).
Co-fundador da empresa Reis Revisional, consultoria especializada na luta contra a cobrança de juros abusivos no Brasil, gerando economia financeira e proporcionando o equilíbrio nas relações de consumo entre seus clientes e Bancos e Financeiras.
Condecorada pela LATIN AMERICAN QUALITY INSTITUTE na categoria de Consultoria Financeira, foi premiada por sua preocupação na gestão da qualidade com certificação emitida pela LAQI, reconhecida pela ONU.